domingo, abril 27, 2008

Seniores masculinos: Tocha 5/ Prodeco 6

Ponto prévio: gostaria, em nome de todos os atletas, agradecer à direcção pela tarde que nos proporcionou em conjunto e a todos os adeptos que nos foram apoiar à Tocha e que, mais uma vez, nos fizeram sentir em casa.
Quanto ao jogo, o facto de termos obrigatoriamente de ganhar não acrescentava nada de novo em relação aos últimos jogos, porque temos sentido essa pressão e essa responsabilidade nestas últimas jornadas. Penso que a equipa deu mais uma demonstração de qualidade, de maturidade e de espírito competitivo, tendo, à semelhança do que tem sucedido em todos os jogos nesta 2a volta, disputado o resultado do primeiro ao último segundo da partida. Literalmente.
Enfrentámos um adversário experiente, com qualidade, com jogadores com grande capacidade de criar desequilibrios em situações de 1x1 e que se apresentou muito forte, querendo ganhar o jogo até ao derradeiro instante da partida. Nem poderia ser de outra forma, naturalmente.
Treinámos durante a semana a melhor forma de suster os desequilibrios de 1x1 na ala que o Tocha costuma proporcionar e o jogo no pivôt. Fizemos, na minha opinião, a melhor primeira parte da época. Tacticamente irrepreensíveis, com as coberturas defensivas adequadas, pusémos intensidade no nosso jogo ofensivo, dinâmica, que nos permitiu chegar ao 0-3 aos 12 minutos da partida.
Aos 15, tapados por 5 faltas, baixámos as linhas e demos mais iniciativa ao Tocha que se acercou da nossa baliza em remates perigosos dos 12 metros.
Ao intervalo, avisei os jogadores da importância de entrar bem na 2a parte, rogorosos, de mantermos a concentração e não baixarmos as linhas, sob pena de levarmos com os remates de meia distância do adversário, a única forma que tinha criado perigo na 1a parte. O Tocha entrou muito forte, determinadíssimo a virar a estória do jogo, mas contou também com a nossa passividade. Em 5 minutos, sofremos 3 golos, 2 deles de meia distância fruto de um posicionamento inadequado e de termos deixado de marcar como devíamos. O adversário surpreendeu-nos também pelo facto de ter deixado de jogar com pivôt, o que alterou a marcação e nos causou instabilidade do ponto de vista defensivo.
Com 3-3 no marcador, ambas as equipas se lançaram em busca do 4.º golo e oportunidades não faltaram. Tivemos 2 lances em que enviámos bolas ao poste, o Tocha tem um lance de 3x1 em que também o fez, mas nenhuma das equipas conseguiu concretizar.
Aos 13 minutos, beneficiamos de uma grande penalidade que é, de todo em todo, indiscutível. Nem percebo o porquê de se vir agora questionar essa decisão quando no campo toda a gente viu o que se passou: mão na bola dentro da área. Fizemos o 4-3 e de seguida, num golo fantástico na sequência de uma manobra ofensiva de qualidade, libertamos homem ao 2.º poste para fazer o quinto. Com 5 minutos para jogar, voltámos a sofrer um golo dos 12 metros, que nos intranquilizou para os instantes finais. A 2 minutos do fim, o único lance polémico do encontro. Sofremos um livre à entrada da área na sequência de uma falta de um jogador nosso que poderia ter dado o 2.º amarelo para o meu jogador; mas há que ser rigoroso e contar as coisas como, de facto, se passaram. É que antes dessa falta, mesmo à minha frente, há outra claríssima a nosso favor que não é marcada e desse lance nasce a jogada em superioridade numérica que obrigou o nosso jogador a fazer falta. Pior que isso, é que desse livre resulta o 5-5. Repito: tivesse a primeira falta sido assinalada e não teríamos levado com o livre do empate e com a consequente 5a falta, pelo que se há alguém que poderia reclamar aqui éramos nós. Nesta época, e neste momento estamos a 1 jornada do fim, apenas por uma vez me referi à arbitragem. Temos tido uma postura de respeito, de correcção com todos os agentes desportivos. por isso mesmo, não admito que se fale de arbitragens para justificar resultados, no sentido de desmerecer aquilo que foi a realidade do jogo e a capacidade da minha equipa. Nisto de falar de arbitragens, há claramente uns que têm fama, como nós; outros têm (e terão) o proveito.
Apenas mais uma nota para manifestar a minha solidariedade para com o treinador do Tocha, Jorge Cruz, que foi expulso injusta e injustificadamente. Sei qual a sensação, pois esta equipa de arbitragem fez-me exactamente o mesmo em Chelo. Sei o que ele disse e espero que não seja castigado. Da minha parte, estou disponível para ajudar no que precisar, porque não gosto que façam aos outros aquilo que também detesto que me façam a mim.
A 4 segundos do fim do jogo, tínhamos descido de divisão. Beneficiámos de um canto a nosso favor, dei indicação para realizar uma das bolas paradas que temos trabalhado. Saíu na perfeição, 5-6, golo com dedicatória para o dany e para o veríssimo, por motivos que o grupo entende.
Para que conste, e caso esse lance não tivesse entrado, a minha postura hoje seria exactamente a mesma. Dar os parabéns às equipas intervenientes pelo espectáculo que proporcionaram e dizer aos meus jogadores que tenho orgulho neles. Por tudo o que temos passado, por aquilo que lutámos e acreditámos, merecemos ser felizes.
Como lhes disse, desde o primeiro dia, eu acredito. Hoje, mais que nunca.
Prodeco: Luis, Georges, Cravo, João G. e Dany.
Banco: Vitor Hugo, Amaral, Mauro, João Vitor, Michael e Felipe.
Golos: Felipe (4), João G. e Georges.

quinta-feira, abril 24, 2008

Balanço do campeonato distrital feminino da Prodeco

Terminou há sensivelmente 3 semanas o campeonato distrital feminino, no qual alcançámos o 5.º lugar. Justo? A classificação reflecte sempre a qualidade e a capacidade de uma equipa, pelo que se foi aqui que ficámos é pura e simplesmente porque não merecíamos mais. Mas vamos por partes.
O futsal feminino da Prodeco viveu esta época um defeso absolutamente conturbado, colocando-se a hipótese de não avançarmos com equipa. Entedeu a direcção fazer um esforço no sentido de garantir a presença no campeonato de uma das mais representativas equipas do distrito de Coimbra, apostando num ano de transição que serviria para integrar novas jogadoras e fazer um trabalho sem directa correlação com os resultados desportivos no imediato.
Reconheço que quando me foi colocada a hipótese de ficar à frente da equipa rejeitei, porque entendi que esta não tinha as condições necessárias para atingir aquilo que me proponho sempre, ou seja, ganhar. Todavia, a solução que havia sido encontrada acabou por não vingar e eis que a 1 semana do início da época oficial, não resisti em ajudar o clube e aceitei ficar no comando da equipa técnica feminina. No início com 6 jogadoras apenas.
Foi com este plentel que iniciei a época, com a convicção de que poderíamos superar os objectivos delineados inicialmente, ou seja, fazer um campeonato tranquilo. Tinham saído jogadoras fulcrais da equipa, como a Nanda, a Juliana e a Susana, a que se juntou a saída da Marta, da Líigia e da Diana e, mais tarde, da g.r. que havia sido titular nos últimos 2/3 anos, a Baía.
Tomei a opção de passar a contar com a Sandra (g.r. da selecção de sub-19) como jogadora de campo, pois durante algum tempo foi das poucas opções que tive no banco para rodar a equipa.
Com o decorrer da época, foram sendo integradas mais 3 ou 4 atletas, que passaram por uma fase de adaptação mais ou menos longa e tudo isso explica uma 1a volta menos conseguida. Felizmente, à passagem da 5a jornada, passei a contar com a ajuda do Vitor Hugo como treinador de g.r., passámos a ter 8/9 jogadoras nos treinos, o que permitiu aumentar qualitativamente o treino.
Passámos por muitas dificuldades esta época, mas essencialmente fruto da grande entrega das jogadoras, da dedicação da equipa técnica e da direcção, foi possível recolocar a equipa nos patamares a que está habituada. Fizemos um trabalho muito intenso durante a época, com 3 treinos semanais em que as jogadoras foram sujeitas a um volume e a uma intensidade a que não estavam habituadas, mas que só assim, e em face das poucas soluções do plantel, seria possível conseguir um rendimento uniforme nos jogos durante a época.
Fruto disso, penso que realizámos uma excelente 2a volta, que pecou apenas na parte final. Fomos a única equipa a empatar em casa do Vilaverdense, não perdemos com o S.Tomé, vencemos sem contestação em Miranda e daí para baixo apenas perdemos pontos com o sarzedense na última jornada. Tivemos muitas dificuldades com equipas que privilegiam um jogo mais físico, de maior contacto, de desequilibrios individuais, como o Ourentã e a Académica, tendo perdido (bem) esses quatro jogos. Na recta final, a equipa acusou muito o desgaste e as mazelas físicas de um ano inteiro de competição e não conseguiu acabar em beleza a prova, o que seria justo para o que fizeram no campeonato.
O projecto em que me envolvi, juntamente com o Vitor Hugo, na equipa feminina, não pode ficar a meio. Após um ano de transição, espero que para o ano seja o da afirmação. Conto com as atletas que fizeram parte do plantel do ano passado e conto com a ajuda da direcção no sentido de suprir as lacunas do mesmo, estando essas mesmas lacunas identificadas e as soluções também já assinaladas.
A preparação para o ano que vem já começou, fruto da ambição das jogadoras, da sua dedicação e do espírito de sacrifício. Queremos melhorar as condições de trabalho, logísticas e humanas, para que, havendo maior qualidade, a exigência também suba.
E quando se fala de exigência, vem sempre à baila o treinador. Assumo o risco de lutar por um objectivo que o clube nunca conseguiu. Lido bem com a responsabilidade, com a exigência e com a pressão dos resultados. Só assim me dá prazer trabalhar em prol de um objectivo comum. O projecto que iniciámos o ano passado vai agora a meio e não tenho receio de assumir que para o ano, não bastará jogar bem ou de igual para igual com os adversários mais fortes. É necessário ganhar e é esta mensagem, este espírito de conquista que pretendo incutir na equipa e que isso se reflicta dentro de campo num futuro próximo.

segunda-feira, abril 21, 2008

Seniores masculinos - Prodeco 0/ Alfarelense 1

Demos um passo atrás com este resultado, que nos coloca numa situação mais difícil na tabela classififcativa, mas apenas temos que atribuir responsabilidades a nós próprios por aquilo que não fizemos, sobretudo na 1a parte. Treinámos durante a semana a forma de contornar a zona pressionante do Alfarelense, de molde a não permitir que a sua 1a linha defensiva fosse tão forte como é hábito e conseguirmos fazer a transição defesa-ataque jogando apoiado e sem recorrer ao jogo directo. Isso foi plenamente conseguido, mas faltou-nos um ingrediente fundamental para ganhar qualquer jogo:intensidade, sobretudo na procura da bola.
Fizemos uma má primeira parte, período em que o adversário foi superior, aproveitando a tal falta de intensidade no nosso jogo e alguma falta de solidariedade em termos defensivos. Se é verdade que tivemos a maior parte do tempo posse de bola, não é menos verdade que raramente criámos perigo e que as melhores oportunidades no 1.º tempo são do Alfarelense, que numa delas, à passagem do minuto 12, chega à vantagem num remate dos 12 metros.
Ao intervalo disse aos jogadores que, para quem estava a jogar uma final, o empenho, a vontade e a concentração estavam aquém do esperado e do exigível para um jogo desta natureza e desta importância. Tacticamente estávamos bem, controlávamos o jogo, mas teríamos que ter uma postura muito mais agressiva na 2a parte.
Indiscutivelmente a equipa melhorou na 2a parte, subimos as nossas linhas, forçámos o Alfarelense a jogar directo no pivôt e dominámos esta 2a metade. Criámos várias situações para marcar mas, nalguns lances por infelicidade, noutros por mérito do g.r. e da defensiva adversária, não concretizámos e não materializámos esse ascendente. A 5 minutos do fim dispusémos de uma bola no poste, forçámos o 5x4, mas não nos acompanhou aquela estrelinha que nos momentos difíceis é importante ter, naqueles momentos de ansiedade em que o golo surge como um tónico libertador da ansiedade e da pressão.
Todavia, para ter essa estrelinha, é necessário procurá-la desde o início, com atitude responsável e não apenas quando se tem de ir em busca do prejuízo. Com este resultado complicámos as contas, embora de forma não irremediável. Cabe à equipa, fundamentalmente aos jogadores, inverter esta situação e abordar os dois últimos jogos do campeonato com responsabilidade, de forma a deixar o clube onde merece e recompensar não só o esforço de cada um dos atletas como também de toda uma estrutura que está por detrás deles e que tem sido incansável ao longo da época.
Não queria terminar sem antes endereçar os meus sinceros parabéns aos vencedores das duas séries da 1a distrital, Oliveira do Hospital e Ribeira de Frades, na pessoa dos seus treinadores, que merecem o desiderato alcançado, respectivamente o Bruno Santos e o Ricardo Pratas, e igualmente às duas equipas que irão disputar a outra vaga de acesso à honra, o Lordemão e o Santa Clara. Uma última palavra para o Domus Nostra que, daquilo que conheço dos seus jogadores e equipa técnica, num futuro próximo verá recompensado o trabalho de qualidade desenvolvido ao longo dos últimos anos.
Prodeco:
Luis, Dany, Cravo, João G. e Felipe.
Banco:Vitor Hugo, Amaral, Georges, Verissimo, Mauro, João Vitor e Michael.

domingo, abril 06, 2008

Seniores masculinos - Espariz 2/ Prodeco 4

Tratava-se de mais uma final para nós que teríamos obrigatoriamente de vencer para encarar com optimismo os derradeiros 3 jogos do campeonato. Entrámos bem no jogo, criando algumas oportunidades, mas numa das únicas 2 vezes que o espariz se acercou da nossa baliza na 1a parte fez golo, o que teve por condão intranquilizar um pouco o nosso jogo. Estabilizámos a partir dos 10 minutos e partimos para um bom final de 1a metade, marcando por 3 vezes.
No reatamento, marcámos cedo, o que fez com que, injustificadamente, saíssemos do jogo durante algum tempo. Perdemos agressividade, diminuimos a intensidade, baixamos no campo e não fomos tão acutilantes. Em todo o caso, controlámos bem o jogo até final, falhando ainda um livre de 10 metros.
Faltam 3 finais para atingirmos o nosso objectivo e o grupo está mentalizado para o que aí vem: teremos que sofrer bastante, mas mantendo a postura que vimos tendo nesta 2a volta, estou convicto que chegaremos onde queremos.

Prodeco: Luis, Georges, João G., Cravo e dany.
Banco: Vitor Hugo, Mauro, Felipe, Amaral, Verissimo, João Vitor e Michael.
Golos: Mauro, João G., Amaral (2).

Seniores femininos - Sarzedense 6/ Prodeco 1

Pior jogo da época, com um resultado justo para a equipa do sarzedense, que foi a única que quis verdadeiramente vencer o desafio desde o primeiro minuto. Sofremos o 1.º golo no 1.º minuto, o 2.º ao 3.º minuto e acumulámos erros em demasia para um jogo só. A perder por 3-0 ao intervalo arriscámos tudo mas acordámos tarde demais para o jogo, vindo progressivamente a baixar os braços com o decorrer do encontro o que permitiu o avolumar do resultado.
Foi a antítese daquilo que quero em campo e de tudo o que temos vindo a ser esta época: pouca concentradas, sem intensidade no jogo, sem agressividade nem imaginação, fomos tudo aquilo que detesto ver numa equipa.
A responsabilidade é minha pela derrota, que é pesada, mas não pode nem deve apagar o esforço e o trajecto que as atletas realizaram ao longo do campeonato, fruto de muita dedicação e espírito de sacrifício, que pagámos na fase final, em que o avolumar do desgaste, das mazelas físicas, eperante a ausência de soluções, motivou uma grande diminuição da qualidade de treino e de jogo.
Farei em breve uma retrospectiva do que foi o nosso campeonato, ao mesmo que lançarei um juízo de prognose quanto ao futuro imediato da equipa. Não o faço já porque, apesar de ter chegado recentemente a um princípio de decisão sobre o futuro, circunstâncias houve que me desgostaram profundamente e me levaram a pensar duas vezes e a reflectir seriamente sobre o futuro e aquilo que mais adequado para a equipa, que comigo ou sem mim, terá que ser forçosamente diferente, para melhor, a vários níveis.
Prodeco: Sandra, Ana, Raquel, Tinoco e Joana.
Banco: Dora, Silvia e Antónia.
Golo: Silvia