terça-feira, dezembro 27, 2005

Reflexão

Realmente, a moda dos blogs veio para ficar. Até eu, que não sou adepto e conhecedor destas lides informáticas decidi aventurar-me num deles. O que não consigo perceber é o porquê de tanta gente só lá ir para achincalhar, provocar e insultar. Nestes blogs, é o jogo do vale tudo. Anónimos ou malta com nome inventado, decide puxar dos galões e "toma lá, cá vai disto". Tudo serve para deitar abaixo. E o mais interessante é que não há critério por parte destes pseudo-desportistas. Qualquer coisa serve, aproveitam-se mensagens de ano novo e de Natal para soltar uns palavrões reprimidos, usa-se um qualquer outro artigo para lançar a confusão, o insulto gratuito que estava na ponta da língua.
É, naturalmente, uma questão cultural. De formação, ou, neste caso, deformação. De personalidade, de educação. Escrever o que não se pode dizer, deixar no ar a mentira, a calúnia, porque se pode manter entre os milhares de anónimos. Assim se dorme de consciência tranquila.
Recentemente, por obrigações profissionais, aprofundei este tema. "Da Responsabilidade Penal por Crimes cometidos em Blogs". Traduzido por miúdos, equivale a querer saber se alguém, lesado num desses comentários, pode agir judicialmente contra alguém. Ou o autor do blog ou o autor do comentário. Há doutrina brasileira sobre este assunto e cheguei a algumas conclusões interessantes, mas não penso que seja esssa, verdadeiramente, a solução. Esta passa antes por mais consciência cívica, mais cidadania, se se quiser.
Como disse, não contem comigo nem com os meus jogadores para alimentar este tipo de discussão de baixo nível. Não o fizemos, não o faremos. Em todo o caso, gostaria de manifestar o meu profundo desagrado pelo que tenho lido aqui e ali, por esses blogs.
Deixo aqui a mensagem que manifestei, há já algum tempo aos meus colegas de balneário. É também nestas pequenas coisas que se vêem os campeões da atitude. Por isso digo que seremos diferentes. Não contem connosco para alimentar polémicas, tricas, insinuações, provocações.
Estamos cá para jogar futsal. É o que temos feito. É o que continuaremos a fazer.

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