FINAL FOUR FEMININA
Prodeco 4/ S.Tomé 3 - Meia-final
Trabalhei aproximadamente 3 semanas com a equipa feminina da Prodeco no sentido de as preparar para a final four da taça. Identifiquei os pontos fortes e menos fortes, introduzi alguns aspectos que me pareceram importantes, tentei criar algumas rotinas de jogo e aproveitar outras que a equipa já tinha, de forma a que nos apresentássemos em bom nível na meia-final.
A primeira nota vai para o pavilhão multiusos de Coimbra. Absolutamente fantástico, digno de uma final, extremamente motivador para os intervenientes.
O jogo com o S.Tomé começou da pior forma. Intranquilas, as jogadoras acusaram a pressão do jogo, tiveram dificuldades em assumir a partida, o que foi potenciado pelo golo adversário à passagem do minuto 7. Alterámos a marcação, a equipa começou a melhorar e começou a criar oportunidades mais que suficientes para chegar ao empate, mas a bola teimava em não entrar.
Ao intervalo senti que íamos ganhar o jogo, tal era a determinação que via nos olhos delas. E nem o 2.º golo do S.Tomé ao minuto 4 do 2.º tempo nos fez vacilar. A pressão resultou em pleno, as jogadoras interpretaram de forma exemplar o esquema táctico que havia pedido. Chegámos ao 2-1 pela Susana, altura em que lhes disse que íamos virar o marcador em 5 minutos. Assim foi. A Susana fez hat-trick, passámos para a frente, mas continuámos a falhar golos de forma escandalosa. O S.Tomé continuava só remetido à defesa, não conseguia sair, pelo que o 4.º golo marcado pela Silvia a 4 minutos do fim surge como corolário natural de uma supremacia absoluta e incontestada ao longo de todo o jogo. Senti que podia dar um prémio às meninas menos utilizadas, o que acabou por resultar no 3.º golo do S. Tomé a um minuto do fim e na expulsão da Susana a 15 segundos do final. Não merecia. Deu o exemplo do que é ser uma capitã, deu tudo pela equipa, sacrificou-se por ela. Merecia a final.
Prodeco 4/ Mirandense 2 - Final
Estudei os pontos fortes do Mirandense na meia-final do dia anterior, e tentei transmitir à equipa alguns aspectos que nos podiam levar a ganhar a final. A Prodeco tinha perdido os dois jogos para o campeonato com uma equipa que estava na final e tinha terminado em 2.º lugar o campeonato. Não tinha a Susana, o que limitava as opções, mas sabia que tinha alguns trunfos com os quais podia surpreender o adversário.
O jogo começou, tal como na meia-final, da pior maneira. Golo do Mirandense aos 30 segundos. Não as perturbou. Senti nos minutos seguintes, que a equipa estava forte com personalidade e com capacidade de reacção. Conforme planeado, pressionámos a campo inteiro e não deixámos o Mirandense jogar e fazer uso dos seus pontos fortes. Fomos criando situações de golo até que a capitã, Nanda, marca o empate ao minuto 7. Pouco tempo depois a Juliana aproveita uma recuperação de bola, da Tinoco, para marcar o 2-1. Ao intervalo proibi que se tirasse o pé do acelarador. As finais são para se ganhar e teríamos que ter atitude até ao último segundo. Foi o que aconteceu. Superioridade táctica, técnica, mental, de uma equipa que quis ganhar desde o 1.º minuto e soube merecer a vitória. A 2a parte foi impressionante em termos de maturidade competitiva, de gestão da posse de bola, de controlo emocional. Quando marcámos o 3.º pela Nanda (foi gigante), o destino ficou traçado. O 4.º golo pela Joana, após passe da Tinoco (esteve impressionante nos dois jogos), veio apenas confirmar o que já se esperava. A nossa vitória.
O 2.º do Mirandense surge perto do final, numa altura de alguma descontracção.
Vitória da crença, da qualidade, da união. A equipa mostrou que tem uma das melhores equipas a nível distrital e que merece voos mais altos. Mérito às jogadoras, porque foram inexcedíveis, e a todos os que desde o início da época as acompanharam, como os directores, ajudantes e o Filipe, meu adjunto, que esteve com elas desde o início, aguentou o barco numa altura difícil e ajudou-me a entrar neste grupo. Pela 2a vez no nosso historial...
A TAÇA É NOSSA!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário