A preparação da final de seniores masculinos começou a ser preparada com algum tempo de antecedência, quer pela direcção, quer pela equipa técnica, de forma a que nos pudéssemos apresentar em Mira na máxima força.
Assim, na 6a feira encontrámo-nos e seguimos para um estágio de 3 dias numa unidade hoteleira da região para prepararmos com tranquilidade e concentração esta competição. Pela maneira como fomos tratados, desde o alojamento dos atletas e respectivas famílias, aos pormenores logísticos, à dedicação exemplar dos massagistas e fisioterapeutas Filipe Simões e Carlos Jesus e ao comportamento exemplar da direcção no sentido de nos proporcionar tudo o que queríamos, só tinhamos uma coisa a fazer: entrar em campo com uma atitude séria, digna, para retribuirmos tudo o que foi feito, sabendo que ninguém nunca nos exigiu resultados.
Sábado fomos para o jogo, cientes de que não éramos favoritos. O U.Alhadense tem excelentes valores individuais, e tinha a ambição de salvar a época neste jogo. E se o nervosismo destes jogos se sente sempre no início, o que fazer quando se sofre um golo oferecido no 2.º minuto de jogo? Responder com concentração, vontade e espírito de grupo. Foi o que aconteceu. Fizemos uma 1a parte impressionante. O Juan fez hat-trick, o Dany marcou o 4.º, estivemos exemplares a defender, a circular a bola, a criar desequlibrios no ataque.
Na 2a parte, acusámos muito o 4-2, logo nos 1.ºs segundos. Intranquilizou-nos um pouco, mas reagimos. Foi talvez o jogo de maior ineficácia atacante da nossa parte. Ao revermos o jogo, já no hotel, contámos 7 (!) oportunidades flagrantes para dilatar o marcador. Não o conseguimos a acabámos por ter alguma sorte no final, pois o U.Alhadense, após ter feito o 4-3, falhou um livre de 10metros, com um grande intervenção do nosso g.r. a desviar a bola para o poste. Estávamos, assim, na nossa 1a final enquanto seniores. Podíamos continuar a sonhar.
No final do jogo, a ambiguidade de sentimentos. A alegria imensa de poder disputar a final, a tristeza de não a poder jogar, em virtude de uma lesão que me impediu de estar dentro de campo. Iria estar cá fora, mais atento, mais concentrado, mas sem poder estar lá dentro a ajudar como queria.
Preparámos a final domingo de manhã e depois de almoço, centrando a nossa atenção em erros que não poderíamos voltar a cometer e nos pontos fortes do CRIA. Digo-o já, porque foi esse o sentimento do balneário. O CRIA foi a melhor equipa contra quem jogámos esta época. Fortíssima em vários aspectos do jogo, colectiva e individualmente bem estruturada, teríamos que estar ao nosso melhor nível para conseguir jogar de igual para igual. Foi o que aconteceu.
Uma final nem sempre bem jogada, mas muito intensa, muito disputada e emotiva, com duas equipas que mostraram a razão de a estarem a disputar.
Começamos melhor, chegámos à vantagem pelo Amaral, mas depois sucedeu aquele que penso ser o momento do jogo. Falta indiscutível do g.r. sobre o Juan, fora da área, jogador no chão, lesionado, jogo continua por mais 30 segundos, os árbitros a verem o jogador a contorcer-se com dores, golo do CRIA. Inqualificável. Não vou tecer nem mais um comentário sobre arbitragem porque não o quero fazer após uma derrota. Mas quem lá esteve, quem viu o que eu vi e sente o que nós sentimos, chega facilmente à conclusão de que para conseguirmos alguma coisa temos que ser muito melhores que o nosso adversário e muitas vezes jogar contra sete. Adiante.
A 1a parte foi equilibrada até final, mas um golo do Gonçalo deu vantagem ao CRIA antes do intervalo.
Na 2a parte, o CRIA continuou lá atrás, à espera do contra-ataque, e nós a ssumirmos as despesas do jogo. Chegámos ao 2-2 num livre do Dany, mas pouco depois, falhamos uma intercepção de bola e 3-2. Continuámos a pressionar e chegámos ao empate pelo Amaral a 5 minutos do fim. E como estes jogos se decidem em pequenos pormenores, foi um desses que o decidiu: 4-3 a 2 minutos e pouco do fim. Tentámos tudo: procurámos a 6a falta, jogámos com o 5.º homem, mas foi mais com o coração do que com a cabeça.
O CRIA leva a taça e é um justo vencedor, como nós seríamos se tivéssemos ganho. Um jogo muito equlibrado, em que ninguém foi superior e que se decidiu num detalhe. Parabéns, por isso, ao CRIA por esta vitória.
Para mim, o orgulho de ver uma equipa que pela 1a vez atingiu este patamar, a jogar como jogou, a merecer ganhar a taça, a jogar de igual para igual com os melhores. Vamos recuperar bem deste fim-de-semana desgastante e preparmo-nos para sábado. Pegar neste sentimento de injustiça e transportá-lo para dentro de campo.
Não irão ser só os nossos adeptos a "pagar". Com esta vontade, com esta atitude, seremos campeões. Contra 5 ou 7, com ou sem apoio nas bancadas.
4 comentários:
Não, não sabemos mais do que era suposto saber-se. Já irrita tanta insinuação, tanta mal dicência, tanta provocação.
Recebemos um fax da AFC na 6a feira a dar conta da realização do jogo no sábado em Miro, com entradas pagas, porque tal foi solicitado por vocês, às 20h.
Não acham que é tempo de parar com estes comentários, com este constante despertar de insinuações que só a vocês fica mal? Espero que, de facto, sejas o primeiro a pedir desculpas, já que outras pessoas com mais responsabilidades que tu no teu clube não o fazem, por situações e insinuações bem mais graves e desrespeitosas.
Se tiveres a coragem de te identificares, respondo-te. Mais, até te mostro vários jogos k tenho gravados para veres k se há clube k n tem sido beneficiado somos nós. São vários. Envio-te as cassetes. Mas como já sei k isso n dá jeito nenhum, pk assim tinham de reconhecer mérito e o k vcs gostam de fazer é dizer mal, já sei k n vale a pena. Não continuo pk dar resposta a bonecos virtuais de nome "whisty"...é mais ou menos o mesmo k falar p uma parede...
Faltou pouco, muito pouco.
Grande abraço.
Foi uma final mal jogada mas com muito fervor e indefinição até ao fim.
Nuno desculpa só pude passar aqui hoje...queria felicitar a ti e a tua equipa pelo bom resultado na final-four da taça.Parabéns
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