É já amanhã. 19h, recebemos em casa o Miranda do Corvo, equipa experiente e com muitos de futsal a este nível. Aquilo que sinto, assim como todo o balneário, não é nervosismo, não é ansiedade: é uma vontade enorme que essa hora chegue para podermos iniciar a época com uma vitória e mantermos o andamento do ano passado.
A nível pessoal, esta estreia tem, compreensivelmente, ainda mais significado. Depois do ano passado não ter feito pré-época e não ter jogado também os dois últimos jogos (a final da taça e o jogo do título da 1a distrital), em virtude de lesões, chego a este jogo com espírito e ambição redobrados. Quem passou por lesões mais ou menos graves sabe como é frustrante ficar de fora, querer jogar e não poder. Mas o mais importante agora é o oposto, ou seja, a consciência de que, quando se está bem, é um privilégio poder fazer aquilo que se gosta, neste caso, jogar futsal, e ajudar a equipa a atingir os seus objectivos. Esta é uma mensagem que aqui queria deixar: acredito plenamente que os infortúnios, como as lesões, nos podem tornar mais fortes, mais evoluídos física e mentalmente, desde que acreditemos no nosso valor e, obviamente, desde que o vício pelo jogo seja enorme.
Mas este querer de ir mais além, é comum a todo um grupo que transita em 95% da época passada, que vibou em conjunto na hora das vitórias e se apoiou mutuamente na hora da derrota. O sentimento do dever cumprido pertence ao passado. Para esta época, precisamos da ambição, da vontade, do querer que já nos caracteriza.
Digo-o, por ser verdade: sinto que naquele balneário, há uma família, de jogadores, técnicos e dirigentes. Todos com o mesmo pensamento.
Amanhã, é o início de mais uma etapa. O ano passado, referi aqui que tinha um bom pressentimento relativamente à época. Esse sentimento sai reforçado este ano.
Se ganharmos amanhã, a vitória já tem destinatário.
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