É difícil, mesmo passados 2 dias do jogo, explicar este resultado, que é um dos mais enganadores de que me lembro desde que jogo futsal. Mérito, obviamente, da equipa adversária que lutou muito, e teve uma eficácia impressionante, nos poucos lances de que dispôs junto da nossa baliza.
Tentámos surpreender o Chelo ao marcar em zonas mais subidas do campo e isso foi plenamente conseguido, a equipa foi sempre acutilante, a nossa 1a linha recuperou várias bolas e forçou o erro da equipa adversária e aos 3 minutos já tinhamos tido 3 lances na cara do g.r. chelense, 2 delas salvas em cima da linha por um defesa adversário. Mas quando tudo indicava que o golo iria chegar, é o Chelo que se adianta num bom remate e amplia a vantagem pouco depois.
Não alterámos nada, continuámos a jogar e a criar oportunidades, mas nunca conseguimos concretizar, nem na sequência dos 2 livres de 10 metros de que dispusémos na 1a parte. Reduzimos perto do intervalo e em conversa com os jogadores disse-lhes que se continuássemos o belíssemo jogo que estávamos a fazer, daríamos a volta ao marcador.
Fomos para a 2a parte com o intuito de chegar à igualdade o que conseguimos logo aos 6 minutos. O Chelo é uma equipa muito agressiva, fez muitas faltas ao longo da partida, e como jogámos sempre com muita velocidade e nos apoios, aos 8 minutos o Chelo tinha já 5 faltas.
Todavia, e na sequência de um livre, a bola bate em 3 jogadores nossos e sobra para o 2º poste para a emenda de um adversário que faz o 2-3. Na jogada imediatamente seguinte, fazemos uma rápida combinação, voltamos a estar na cara do g.r., bola no poste. Dispomos de mais 2 livres de 10 metros, falhamos os dois. Subimos ainda mais a marcação, arriscamos tudo, temos de novo várias situações para marcar, mas não somos minimamente eficazes. No contra-ataque, o Chelo faz o 2-4. Ainda temos mais 2 livres de 10 metros, e voltamos a falhar os 2. Ao todo, 6 livres de 10 metros falhados e um sem número de situações de golo de que dispusémos e que não concretizámos, explicam este resultado completamente enganador. Já perto do fim, numa perda de bola infantil na defesa, sofremos o 2-5 e nem com o 5.º homem chegámos ao golo.
No final, diziam-me vários adeptos que tinha sido dos melhores jogos da Prodeco, que a equipa tinha estado a um nível que raramente tinham visto. Permitam-me discordar. Para fazermos jogos fantásticos, temos que ganhar. Ponto final. Não podemos criar 20, 25, 30 situações de golo e marcar 2. Não podemos ter 6 livres de 10 metros e não marcar nenhum. A equipa está muito mais equilibrada, quer do ponto de vista defensivo quer ofensivo, sabe interpretar os modelos de jogo que lhe são pedidos, tem atitude, vontade, joga bem futsal, mas não é eficaz. E isso explica alguns resultados, como este.
Responsabilidade? Minha. Os jogadores só têm que continuar a trabalhar como até aqui, porque quem apresenta o futsal que apresentámos, quem consegue imprimir a dinâmica e a intensidade que aplicámos neste jogo, tem que estar confiante para o futuro. Resta treinar mais e melhor, dotar os treinos dos mecanismos necessários para que nos jogos sejamos mais eficazes. E isso só se consegue com mais e melhor trabalho.
Prodeco:
Vitor Hugo, Dany, João G., Georges e Felipe.
Banco: Luis, Nuno oliveira, Cravo, Mauro, Branco, Amaral, João Vitor.
Golos: Georges e João G.
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