Jogámos, este sábado, contra a melhor equipa do distrito e uma das melhores do país, e o resultado não altera minimamente o estatuto que, merecidamente, o Vilaverdense ostenta, fruto de um excelente trabalho e de jogadoras com grande qualidade. Todavia, no sábado, jogaram contra uma equipa que tem ambições em continuar a crescer e chegar a patamares competitivos próximos dos do Vilaverdense, e daí que, em termos de mentalidade, este fosse um jogo interessante para tirar ilações. Isto porque, depois de 3 meses em que eu e o Vitor Hugo trabalhámos a equipa, física, táctica e mentalmente, este era um jogo para aquilatar da forma como o trabalho está a ser desenvolvido e interpretado pelas jogadoras. E, verdade seja dita, as jogadoras deram uma resposta exemplar em termos de entrega, de atitude, de vontade.
A 1a parte foi muito táctica e jogada sem grande velocidade. Nós posicionámo-nos muito bem na quadra, sem darmos espaços no nosso meio-campo, pelo que o Vilaverdense se viu forçado a rematar de longe, em que raramente a nossa g.r. foi importunada nesse período, fruto das marcações bem feitas, dos acompanhamentos devidos e das dobras, que siurgiram sempre que o Vilaverdense recorreu aos bloqueios, directos ou indirectos. Faltou-nos, acima de tudo, critério no passe, pois as jogadoras interpretaram bem as saídas de pressão que tinhamos trabalhado, mas nem sempre o passe saíu bem, pelo que tivemos dificuldade em chegar à baliza contrária.
Na 2a parte, o jogo começou praticamente com o nosso golo, numa excelente rotação e remate bem colocado da Tinoco, o que nos motivou muito para o resto da partida. A partir daí, há que reconhecê-lo, o jogo teve sentido único. O Vilaverdense pressionou muito, aumentou a circulação de bola e começou a criar oportunidades de perigo junto da nossa baliza que, fruto da nossa coesão defensiva, da boa exibição da Dora e, também, de alguma felicidade num ou noutro lance, acabaram por não entrar. O empate chega a 6 minutos do fim, num remate à entrada da área que vai à trave, bate no chão e sai. Não sei se entrou, muita gente da bancada me diz que não. Benefício da dúvida para a equipa de arbitragem, uma vez que foi lesta a apitar e assinalar golo.
Até final, tivemos que redobrar forças e ir buscá-las onde as jogadoras supunham nem existir, para sair de Vila verde com um empate que premeia a força abnegada, concentrada e lutadora com que as jogadoras encararam, de princípio ao fim, esta partida. Como lhes disse no final da partida, o ponto que conquistaram é mérito delas, porque mereceram inteiramente.
Prodeco: Dora, Raquel, Silvia, Tinoco e Joana.
Banco: Sandra, Ana e Lisete.
1 comentário:
Todas as atletas estão de parabéns, pela entrega, esforço, espiríto de sacríficio e de equipa que demonstraram ter neste jogo, indo mesmo ao limite das suas forças com o intuito de arrecadar a vitória, o que não veio a ser possível...mas conseguimos fazer um bom resultado e foi lindo ver a equipa unida a "remar" no mesmo sentido, entregando-se e apoiando-se até ao apito final!Este resultado também só foi possível devido ao excelente trabalho desenvolvido pelos nossos dois treinadores, Nuno Oliveira e Vitor Hugo, que sempre acreditaram na equipa e nas suas capacidades, incentivando as jogadoras e fazendo-as também acreditar!Como atleta tenho orgulho de fazer parte desta grande família, onde se incluem, atletas,treinadores,direcção e os nossos adeptos, que nos acompanham jogo atrás de jogo, nos piores e melhores momentos, são incansáveis, a eles o meu muito obrigada, em nome de toda a equipa!Vamos lutar pela Taça!PRODECO!!!
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