Terminou há sensivelmente 3 semanas o campeonato distrital feminino, no qual alcançámos o 5.º lugar. Justo? A classificação reflecte sempre a qualidade e a capacidade de uma equipa, pelo que se foi aqui que ficámos é pura e simplesmente porque não merecíamos mais. Mas vamos por partes.
O futsal feminino da Prodeco viveu esta época um defeso absolutamente conturbado, colocando-se a hipótese de não avançarmos com equipa. Entedeu a direcção fazer um esforço no sentido de garantir a presença no campeonato de uma das mais representativas equipas do distrito de Coimbra, apostando num ano de transição que serviria para integrar novas jogadoras e fazer um trabalho sem directa correlação com os resultados desportivos no imediato.
Reconheço que quando me foi colocada a hipótese de ficar à frente da equipa rejeitei, porque entendi que esta não tinha as condições necessárias para atingir aquilo que me proponho sempre, ou seja, ganhar. Todavia, a solução que havia sido encontrada acabou por não vingar e eis que a 1 semana do início da época oficial, não resisti em ajudar o clube e aceitei ficar no comando da equipa técnica feminina. No início com 6 jogadoras apenas.
Foi com este plentel que iniciei a época, com a convicção de que poderíamos superar os objectivos delineados inicialmente, ou seja, fazer um campeonato tranquilo. Tinham saído jogadoras fulcrais da equipa, como a Nanda, a Juliana e a Susana, a que se juntou a saída da Marta, da Líigia e da Diana e, mais tarde, da g.r. que havia sido titular nos últimos 2/3 anos, a Baía.
Tomei a opção de passar a contar com a Sandra (g.r. da selecção de sub-19) como jogadora de campo, pois durante algum tempo foi das poucas opções que tive no banco para rodar a equipa.
Com o decorrer da época, foram sendo integradas mais 3 ou 4 atletas, que passaram por uma fase de adaptação mais ou menos longa e tudo isso explica uma 1a volta menos conseguida. Felizmente, à passagem da 5a jornada, passei a contar com a ajuda do Vitor Hugo como treinador de g.r., passámos a ter 8/9 jogadoras nos treinos, o que permitiu aumentar qualitativamente o treino.
Passámos por muitas dificuldades esta época, mas essencialmente fruto da grande entrega das jogadoras, da dedicação da equipa técnica e da direcção, foi possível recolocar a equipa nos patamares a que está habituada. Fizemos um trabalho muito intenso durante a época, com 3 treinos semanais em que as jogadoras foram sujeitas a um volume e a uma intensidade a que não estavam habituadas, mas que só assim, e em face das poucas soluções do plantel, seria possível conseguir um rendimento uniforme nos jogos durante a época.
Fruto disso, penso que realizámos uma excelente 2a volta, que pecou apenas na parte final. Fomos a única equipa a empatar em casa do Vilaverdense, não perdemos com o S.Tomé, vencemos sem contestação em Miranda e daí para baixo apenas perdemos pontos com o sarzedense na última jornada. Tivemos muitas dificuldades com equipas que privilegiam um jogo mais físico, de maior contacto, de desequilibrios individuais, como o Ourentã e a Académica, tendo perdido (bem) esses quatro jogos. Na recta final, a equipa acusou muito o desgaste e as mazelas físicas de um ano inteiro de competição e não conseguiu acabar em beleza a prova, o que seria justo para o que fizeram no campeonato.
O projecto em que me envolvi, juntamente com o Vitor Hugo, na equipa feminina, não pode ficar a meio. Após um ano de transição, espero que para o ano seja o da afirmação. Conto com as atletas que fizeram parte do plantel do ano passado e conto com a ajuda da direcção no sentido de suprir as lacunas do mesmo, estando essas mesmas lacunas identificadas e as soluções também já assinaladas.
A preparação para o ano que vem já começou, fruto da ambição das jogadoras, da sua dedicação e do espírito de sacrifício. Queremos melhorar as condições de trabalho, logísticas e humanas, para que, havendo maior qualidade, a exigência também suba.
E quando se fala de exigência, vem sempre à baila o treinador. Assumo o risco de lutar por um objectivo que o clube nunca conseguiu. Lido bem com a responsabilidade, com a exigência e com a pressão dos resultados. Só assim me dá prazer trabalhar em prol de um objectivo comum. O projecto que iniciámos o ano passado vai agora a meio e não tenho receio de assumir que para o ano, não bastará jogar bem ou de igual para igual com os adversários mais fortes. É necessário ganhar e é esta mensagem, este espírito de conquista que pretendo incutir na equipa e que isso se reflicta dentro de campo num futuro próximo.
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