quarta-feira, julho 28, 2010

Encerramento época 2009/2010

Já aqui tive oportunidade de fazer breves comentários à época de 2009/2010 da Prodeco.
Relativamente aos seniores femininos, foi feito um esforço por parte da direcção de dotar a equipa das atletas que eu entendia serem imprescindíveis para podermos lutar pelo primeiro lugar. Não conseguimos apenas uma jogadora com determinadas características, que pudesse dar à equipa algo que falta, nomeadamente alguma velocidade na transição defesa-ataque e eficácia na finalização. Essa foi uma das carências da equipa ao longo da ápoca, que melhorou muito em vários aspectos, quer do ponto de vista da organização defensiva quer na organização ofensiva, na adaptação a dois sistemas que trabalhámos dentro do mesmo modelo de jogo. Melhorámos também bastante os índices de concentração, de agressividade ao longo da época e penso que os resultados reflectem bem o salto qualitativo que foi dado.
Fizemos 26 jogos oficiais, tendo vencido 22, empatado 1 e perdido 3 encontros com o tricampeão distrital Vilaverdense. Encurtámos distâncias e lutámos pela conquista do título até à penúltima jornada e marcámos presença na final da taça AFC. Falta-nos ainda cultura de vitória, mentalidade de campeões para dar o salto final que permita conquistar troféus, e esse é um dos factores a alterar rapidamente.
Em face desta época, e dos resultados obtidos, em que apenas perdemos com o Vilaverdense, que na taça nacional demonstrou ser, como referir há 1 ano atrás, uma das 4 melhores equipas a nível nacional, derrotando as então campeãs nacionais e apenas perdendo com o SL Benfica, actual campeã nacional. Nos jogos para o campeonato, nomeadamente em Vila Verde, jogámos de igual para igual, tendo as jogadoras demonstrado enorme capacidade para jogar frente às melhores. Fica, para mim, um sabor amargo pela forma como (não) jogámos na final, por motivos que tenho dificuldade em compreender, dada a preparação que foi feita com a equipa.
Três anos volvidos, e na hora em que deixo o comando técnico da equipa, posso dizer que deixo uma equipa com hábitos de trabalho, hábitos de vitória, cultura de responsabilidade e de ambição. Uma equipa que está preparada para jogar de acordo com o modelo pretendido pelo treinador, nos vários sistemas de jogo, e com uma enorme vontade de vencer.
Tenho a certeza que as jogadoras saberão dar continuidade ao trabalho que foi feito e que continuarão a evoluir, individual e colectivamente, sabendo que apenas poderão GANHAR se funcionarem como EQUIPA, cultivando uma cultura de responsabilidade, de maturidade, de respeito, de ambição e de vontade de ganhar.
O meu firme desejo é que ganhem no futuro o que não ganharam comigo, ou seja, o campeonato.
Os seniores masculinos tiveram uma época atípica. Muitas didiculdades na pré-época, a vários níveis, alguma indefinição no plantel e na estrutura que envolveu a equipa, poderia ter causado um início de época conturbado. Valeu aí o carácter dos jogadores e treinador, unidos em torno do mesmo objectivo, e fazendo em cada jogo das fraquezas força. Somámos pontos importantes no início de época que permitiu que, mesmo quando não somámos pontos, no final da 1a volta, altura em que em 4 jogos consecutivos apresentámos, por força de lesões e castigos, 6/7 jogadores, não descolássemos muito dos 6 primeiros. Fizemos uma 2a volta fantástica, com derrotas apenas com Miro, em casa, e em Bruscos, alcançando o playoff de apuramento de campeão. No playoff, e já com desgaste num plantel que, por ser limitado em termos de quantidade, sentiu algumas dificuldades perante jogos à 4a e ao sábado, chegámos ao 5.º posto, ficando com a sensação que poderíamos até ter ido um pouco mais longe.
Como capitão, é justo destacar a seriedade e o carácter dos atletas, que ao longo da época honraram a camisola que vestiram e contribuiram sempre para termos um grupo de amigos que gosta do clube e o defende a cada instante; o treinador, Jorge Cruz, que esteve sozinho connosco ao longo da época, mas que pela sua forma de estar, pela forma genuína, autêntica e solidária que sente sente o clube, merece figurar entre os indiscutíveis da estrutura.
Uma palavra também para a direcção, que pura e simplesmente fazem tudo o que épossível e impossível para que um clube como a Prodeco, situado num local tão pequeno como é os Covões, consiga ter a estrutura que tem e, apesar dos 16 anos de história, se revele cada vez mais moderno, ambicioso e adaptado às exigências do desporto na actualidade.