Tivemos 15 dias para preparar esta partida, frente à melhor equipa da distrital (que merece o ceptro de campeão) e que vinha aos covões jogar uma cartada decisiva na luta pelo título. Sabia, no entanto, que a nossa equipa vinha a subir de produção, tem feito uma 2a volta de bom nível, e que poderíamos disputar o resultado até ao fim. As boas indicações vinham não só das últimas partida, como sobretudo dos treinos e dos jogos treino (em que tinhamos vencido o Domus por 5-1), uma vez que os atletas têm evidenciado uma disponibilidade e motivação que me deixavam bastante confiante para este e para os jogos que faltam. Aliás, penso que uma das mais-valias que atestam a grandeza de uma instituição é o seu material humano e aqui a prodeco está muito bem servida, quer ao nível de dirigentes, atletas, como de público simpatizante (a quem agradeço o ambiente fantástico que proporcionaram este sábado), pois não é fácil, na situação em que nos encontramos, continuar a treinar 3 vezes por semana, sempre com o apoio da estrutura directiva e com a presença de 80 a 90% do plantel. A diferença, para melhor, que se tem vindo a verificar na produção do nosso jogo e nos resultados reside na capacidade de sofrimento, concentração e motivação que os jogadores têm sabido trazer para dentro de campo.
O jogo começou com ascendente do vilaverdense, pressionou-nos à saída da bola, situação para a qual estávamos preparados mas que não conseguimos contornar nos primeiros 10 minutos. Nesse período, o adversário foi mais forte, obrigou-nos a fazer algumas faltas e aos 8 minutos tive que parar o jogo porque não estávamos a saber sair do colete de forças. Aos 10 minutos, primeira vez que a nossa saída de pressão resulta, oportunidade flagrante para nós que o georges envia ao poste. Entramos num dos bons períodos do jogo, em que soubémos ser rigorosos a defender e gerir bem a bola, sem forçar o jogo directo, o que nos permitiu ter mais 2 ou 3 claras situações de golo. Tapados por 5 faltas, o Vilaverdense desperdiça um primeiro livre de 10 metros para logo a seguir, num lance em que não há falta, chegar ao 0-1 na marcação de outro livre de 10 metros. Até ao intervalo, não fomos tão eficazes, pois voltámos a desperdiçar também um livre de 10 metros.
Disse aos jogadores ao intervalo que com a qualidade que estávamos a evidenciar e a capacidade que tivemos em suster o jogo ofensivo do Vilaverdense, não iríamos perder esta partida. Começámos muito bem a 2a parte, mas num lance muito bem trabalhado pelo adversário, de envolvimento ofensivo, este chega ao 0-2. reagimos, subimos as nossa linhas de marcação, e fazemos o 1-2 2 minutos depois. O jogo entra numa toada de loucos, com sucessivos lances de superioridade numérica, mas fomos nós que, na marcação de um livre perto da áera, chegamos ao empate.
Até final, e com ambas as equipas de novo com 5 faltas, ambas as equipas quiseram ganhar, fazendo durar a emoção até ao último segundo de um jogo muito intenso, bem jogado, com um resultado justo.
Com esta predisposição, atitude e motivação, dificilmente perderemos jogos. E é encarando cada jogo como se de uma final se tratasse que entraremos em campo até final do campeonato, a começar já no próximo sábado em espariz.
Prodeco: Luis, João G., Cravo, Georges e Mauro.
banco: Nuno, Verissimo, Felipe, Dany, Amaral, Michael.
Golos: Georges e Dany.