domingo, janeiro 22, 2006

Taça - 1ª mão da 2ª eliminatória - Belide 3/Prodeco 3

O dia fica marcado, não pelo jogo, mas por outro acontecimento que valerá a pena recordar. O Veríssimo deu o nó. É verdade. Casou-se nos Covões e tive a honra e o privilégio de fazer do restrito número de pessoas que marcou presença. Para o casal, tudo de bom, porque merecem. Para ele, que volte da lua-de-mel com força e recuperado da lesão que o tem impedido de nos ajudar dentro de campo.
O jogo com o Belide tinha, à partida, contornos interessantes. Vinhamos de uma derrota, a equipa estava de alguma forma limitada em função dos castigos e lesões e defrontávamos uma das melhores equipas do campeonato no seu reduto. Durante a semana corrigimos alguns aspectos em que estivémos menos bem no jogo anterior, alterámos um ou outro pormenor, de maneira a dar mais consistência à equipa.
A primeira boa notícia da partida recebi-a ao chegar ao pavilhão. Árbitros internacionais a apitar. É a 3a vez que somos arbitrados pelo sr. Gustavo Sousa esta época. Nada a dizer. Irrepreensível na condução do jogo, na forma como se relaciona com os intervenientes. Excelente.
Começamos a perder, reagimos de imediato e acabámos bem a 1a parte.1-1. Justo. A equipa teve o seu melhor momento no decorrer do início da 2a parte, com boa circulação de bola, pressionantes, concentrados. Chegámos ao 1-2 (o Luis bisou), mas numa desatenção, 2-2. Voltamos à vantagem pelo Juan, e nesse período penso que estivemos mais perto do 2-4 do que do empate. Em todo o caso, o 3-3 aceita-se. Ambas as equipas praticaram bom futsal, perderam inclusivamente, de parte a parte, várias oportunidades para ampliar o score. Tudo em aberto para a 2a mão. 50 % para cada lado.
Excelente resposta da equipa no seu conjunto e uma palavra especial para aqueles jogadores que, por um motivo ou outro, têm sido menos utilizados. Cumpriram, jogaram para a equipa, são os "meus" reforços de inverno.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Prodeco 1/ Santa Clara 5

Sabíamos, à partida para este jogo, que teríamos pela frente um adversário que daria o tudo por tudo para sair dos covões com os 3 pontos, sob pena de dizer, praticamente, adeus, à possibilidade de subida de divisão.
Estávamos, por isso, avisados para o que iria ser o jogo. Não contávamos era entrar tão mal na partida. Perdemos algumas marcações, não fizemos circulação de bola, 0-1 para o Santa Clara. Rectificámos, passámos a jogar no campo todo, o jogo ficou repartido, mas até ao intervalo não tivemos estrelinha:bola no poste, livre de 10 metros falhado, chega o intervalo. Falámos e como em outras tantas vezes, senti a equipa forte e cheia de vontade de virar o resultado. Todavia, não estivemos bem na 2a parte. Mérito do Santa Clara mas, fundamentalmente, demérito nosso. Tacticamente não estivemos bem, as movimentações não saiam, o colectivo não esteve forte, as individualidades também não sobressaíram. Jogámos mais com o coração e, quando assim é, torna-se mais complicado.Numa perda de bola na defesa, 0-2. Reagimos, reduzimos para 1-2 com um golo do Cravo e nesse período o jogo podia ter pendido para qualquer equipa. Oportunidades dos dois lados, marcou, nessa altura, quem foi mais feliz. 1-3, já a acabar, arrumou com o jogo. O que se passou a seguir, em termos de arbitragem, é lamentável, e digo o porquê: o Santa Clara ganharia o jogo na mesma e não precisaria do que se passou, o que só nos prejudica para os próximos jogos. Contudo, nem vou entrar por aí, porque esta dupla de arbitragem não merece que se lhe dê protagonismo.Com eles, infelizmente, já sei com o que conto. Em todo o caso,e porque o jogo foi gravado pelo adversário, talvez sirva para as pessoas perceberem que se há alguém que é beneficiado pelas arbitragens não é, seguramente, a Prodeco.
Em suma, vitória justa do Santa Clara. Nos últimos 4 jogos connosco, ganhou este. Percebo, por isso, a euforia que se vivia do lado de lá. Neste jogo foi mais forte, defendeu bem, sofreu quando tinha que sofrer, e mereceu a pontinha de sorte no final do jogo.
Nós tivemos um dia mau. Nada tenho a apontar aos jogadores em termos de entrega e atitude. Esta derrota terá que servir para corrigirmos os erros que cometemos para os próximos jogos, pelo que continuaremos humildes e unidos como até aqui e a lutar contra quem quer que seja.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Miro / Prodeco

O jogo Miro/Prodeco teve tudo o que um jogo de futsal não deve ter.Melhor ainda, não teve aquilo que um jogo de futsal deve ter.
Em 1º lugar, a juntar às dificuldades inerentes ao campo do Miro, que é absolutamente singular na distrital de Coimbra, verificámos que, à hora da partida, não iriamos ter árbitros. Para meu espanto, foi-me dito que eles estavam na bancada, tinham sido nomeados para o jogo, mas que estavam de greve. Perante isto, falei com o grupo e decidimos que não jogávamos. Um jogo desta natureza não se compadece com árbitros de bancada. Tentei chegar a acordo com o treinador do Miro no sentido de adiarmos a partida, pois não estavam reunidas as condições para a partida se realizar, o que de acordo com os regulamentos, é possível. Estranhei, logo ali, a posição do meu colega, que me disse que o jogo teria que se realizar e que, por ele, estava tudo reunido para se jogar. Assim sendo, tivemos que jogar, perante este cenário inacreditável.
Do Miro, apitou um jogador que estava na bancada, da nossa parte o massagista que tem curso de treinador e que, como tal, domina perfeitamente as leis do jogo.
Começamos a perder 3-0, recuperámos para 3-1, e quando estamos a virar o jogo...final da 1a parte. Não acreditei. Nem 1 minuto de desconto. Nada. Em todo o caso, e como tinham chegado a acordo em como na 1a parte o árbitro principal seria o delegado do Miro, que ficaria com o cronómetro, não pude dizer nada. Na 2a parte seria diferente, o cronómetro passou para o nosso delegado que assumiria as funções de árbitro principal.
Na 2a parte entramos bem, viramos para 3-4. O Miro empata, e nesta altura, um dirigente do Miro, que desde o início do jogo insultava toda a gente da Prodeco, ameaçando ao mesmo tempo, decide agredir fisicamente a mulher de um dos nossos jogadores que está grávida. Jogadores na bancada, passividade de quem de direito, ânimos exaltados, disse que não havia condições para continuar a jogar. Estava 4-4. A equipa contrária, naturalmente, discordou, aproveitando toda aquela situação para marcar 2 golos.
O pior, acreditem, estava para vir. Só à 8a (!!!!) falta foi permitido que marcassem a nosso favor livre de 10 metros. O árbitro principal assinalou para os 10 metros e, imagine-se, o delegado do Miro impediu a marcação do livre, riscou nos seus apontamentos faltas a nosso favor para meter nos da casa, e queria acabar logo com o jogo.
Foram dados 10 minutos de compensação (o normal em futsal, e que até foram poucos para o que aconteceu ao longo da partida). Aqui vem a cereja no topo do bolo: aos 23 minutos de jogo, o delegado do Miro decide apitar para o fim da partida, vai festejar com o banco do Miro e com o treinador e a equipa do Miro sai toda para o balneário! A nossa equipa foi falar com o árbitro principal, viu o cronómetro onde estavam assinalados 23 minutos e, perante o abandono da equipa adversária, nada mais teve a fazer senão sair, dando conta do sucedido às autoridades policiais.
Em resumo, mau demais para ser verdade. Incompreensível o que se passou em Penacova. Injustificável, inqualificável. Caberá agora à AFC tomar as medidas que entender convenientes, sob pena de a verdade desportiva ficar manchada e adulterada.
Uma palavra para os adeptos e para os jogadores da Prodeco:souberam sempre manter a calma e a dignidade perante tantas e tão baixas provocações. A verdade há-de vir ao de cima, a justiça será feita, creio, em sede própria.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Calendário de Janeiro

O calendário reservou-nos um mês de Janeiro interessante. Jogos com clubes do topo da tabela classificativa, todos eles com motivos de interesse. Vamos por partes.
Este sábado temos o primeiro jogo da 2a volta em MIRO. Jogo de grau de dificuldade elevadíssimo, senão vejamos: o Miro é, logo a seguir a nós, a melhor a equipa a jogar em casa, onde cedeu apenas um único empate; tem o melhor ataque da prova; está, ex-aequo com o Alfarelense, no 3º lugar. Este jogo é, por isso, de capital importância para ambas as equipas, mas, naturalmente, mais decisivo para os da casa. É que os outros candidatos têm jogos que, à partida, deverão, ganhar, o que poderá colocar o Miro numa situação complicada. Além disso, um empate ou uma vitória para nós dá-nos vantagem no confronto directo e poderá manter a distância a 8 pontos ou, eventualmente, aumentá-la para 11. Grande jogo em perspectiva.
Logo a seguir, recebemos o SANTA CLARA. Poderá ser um jogo de tudo ou nada para a equipa visitante, que vem de duas derrotas consecutivas que colocaram em dúvida a possibilidade da subida. Uma derrota nos Covões, onde ainda ninguém pontuou, pode criar um fosso para os outros candidatos e uma distância impensável para o 1º lugar, à partida para a 3a jornada. Toda a pressão estará, naturalmente, do lado dos visitantes, uma vez que, quanto a nós, e aconteça o que acontecer, continuaremos na luta e bem posicionados para atacar a subida.
Para acabar, em Janeiro, e antes da nossa folga, vamos a Belide disputar a 1a mão da 2a eliminatória da taça da AFC. Não sendo a taça a nossa prioridade, certamente que também não enjeitaremos a possibilidade de seguir em frente, se tal se proporcionar. Temos a vantagem de jogar fora na 1a mão, e assim tentar trazer a discussão da eliminatória para os Covões, pelo que prevejo que o Belide dê tudo por tudo para sair da 1a mão com um resultado minimamente confortável, sob pena de o ter que fazer em nossa casa.
Temos, assim, um mês de Janeiro interessante. Não o vejo mais ou menos difícil que os outros que se seguirão, uma vez que as maiores deficuldades ainda estão para vir. É apenas mais um mês de futsal, em que procuraremos apresentar-nos bem.
Se conseguirmos estar como até aqui, tenho a certeza que este será, efectivamente, um mês muito difícil. Mas para os nossos adversários. Se o não conseguirmos, tudo continuará em aberto e manter-nos-emos numa posição privilegiadíssima para atingir os nossos objectivos nas derradeiras 12 jornadas.