segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Prodeco 1/ Tocha 0

Jogo que se explica facilmente, mas em que o resultado final é difícil de explicar, mesmo 2 dias depois. Tivemos seguramente 80% de posse de bola, fizemos 48 remates à baliza, tivemos 5 situações de 1x0, mais 3 isoladas ao 2.º poste, 3 bolas nos ferros e...marcámos um golo.
Se é verdade que, na óptica de um treinador, o mais importante é capacidade da equipa em criar situações de golo, não é menos verdade que tamanha falta de eficácia me preocupa, como é evidente. Ao longo do campeonato, temos sido uma equipa consistente no processo defensivo, quer quando a equipa contrária está em posse de bola, organizando-nos defensivamente de forma adequada, quer em situações de ataque rápido em que a transição defensiva tem sido feita com intensidade. Do ponto de vista ofensivo, temos revelado algumas fragilidades, não em criar situações de golo, mas em materializar esse ascendente. Aliás, se tivéssemos um índice de aproveitamento razoável dessas mesmas oportunidades que vamos criando, escusávamos de sofrer tanto no final das partidas, com a inerente carga de ansiedade que isso acarreta. E a questão é pertinente porque, ao nível da metodologia de treino, a vertente da finalização, tem sido trabalhada, recentemente, de forma insistente, quase que diria primacial, quer sob o ponto de vista da nossa organização ofensiva, quer sob o prisma da transição ofensiva, quer sob a vertente do trabalho individualizado. Mas quanto a isto, o caminho é apenas um: mais trabalho, quantitativa e qualitativamente, de maneira a que isso se reflicta no jogo.
E quanto ao jogo, dizer ainda o seguinte: se é verdade que desperdiçámios a oportunidade de marcar vários golos e construir um resultado bastante dilatado, não é menos verdade que, desde logo, há que reconhecer mérito à exibição da gredes contrária e realçar que o Tocha teve, durante os 40 minutos, 3 situações difíceis para a nossa baliza:uma na 1a parte e duas na 2a, todas muito bem resolvidas pela Sandra. E também aqui me parece justo realçar a exibição da nossa gredes, porque momentos houve na época em que teve que saber conviver com a crítica, ultrapassou isso e deu um contributo decisivo para esta vitória, numa partida difícil para a gredes, que em 40 minutos é obrigada a intervir 4 ou 5 vezes, sempre bem, fruto de uma postura concentrada.
Entramos numa fase decisiva da época em que os jogos se irão discutir nos detalhes. Quem estiver mais unido, mais motivado, com melhores índices anímicos,aliados à sua postura técnico-táctica, estará muito mais perto de atingir os seus objectivos. Por isso, continuarei fiel ao que sempre defendi nas minhas equipas: grupo em 1.º lugar, equipa em 1.º lugar, colectivo à frente do individual. Há jogadoras que perceberam isso desde o início; outras que foram evoluindo e, fruto de terem aprendido com os seus próprios erros, são hoje muito mais pró-activas e parte integrante do grupo; outras, certamente, aprenderão mais cedo ou mais tarde esta filosofia, ou então seguirão o seu rumo. Porque se jogar é um direito, o banco também o é. E a bancada mais ainda. Tudo dependerá da forma como se trabalha e como nos colocamos perante a equipa.
Para a semana, jogo frente à Académica, que até ao momento vem fazendo um campeonato regular, tendo perdido apenas com Vilaverdense e connosco. É um jogo em que queremos estar ao nosso melhor nível, porque se isso acontecer, disputaremos os 3 pontos com toda a legitimidade de maneira a encurtarmos distâncias face ao 2.º classificado e aumentarmos relativamente aos mais directos perseguidores, o qué é, por ora, o nosso objectivo.
Prodeco:
Sandra, Silvia, Raquel, Antónia e Tinoco.
Banco:
Ana Inácio, Semião, Sofia Ferreira, Joana Costa, Isa, Nanda e Inês.
Golos:
Joana Costa.
Ao intervalo: 1-0

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